sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Dr. Bezerra - Mensagem 09/11/2014



Filhas e filhos da alma!

Abençoe-nos o Senhor com a sua paz.


Estes são dias de turbulência.

A sociedade terrestre, com a inteligência iluminada, traz o coração despedaçado pela angústia do ser existencial. Momento grave na historiografia do processo evolutivo, quando se operam as grandes mudanças para que se alcance a plenitude na Terra, anunciada pelos Espíritos nobres e prometida por Jesus. Nosso amado planeta, ainda envolto em sombras, permanece na sua categoria de inferioridade, porque nós, aqueles que a ele nos vinculamos, ainda somos inferiores, e à medida que se opera nossa transformação moral para melhor, sob a égide de Jesus, nosso modelo e guia, as sombras densas vão sendo desbastadas para que as alvíssaras de luz e de paz atinjam o clímax em período não muito distante.

Quando Jesus veio ter conosco, a humanidade experimentava a grande crise de sujeição ao Império Romano, às suas paixões totalitárias e aos interesses mesquinhos de governantes arbitrários. O Espiritismo, a seu turno, instalando-se no planeta, enfrenta clima equivalente em que o totalitarismo do poder arbitrário de políticas perversas esmaga as aspirações de enobrecimento das criaturas humanas e, por consequência, o ser, que se agita na busca da plenitude, aturde-se e, confundindo-se, não sabe como vivenciar as claridades libertadoras do Evangelho.

Com a conquista do conhecimento científico e o vazio existencial, surgem as distrações de vário porte para poder diminuir a ansiedade e o desespero. Naturalmente, essa manifestação de fuga da realidade interfere no comportamento geral dos seareiros da Verdade que, nada obstante, considerando serem servidores da última hora, permitem-se os desvios que lhes diminuem a carga aflitiva.

Tende, porém, bom ânimo, filhas e filhos do coração!

É um momento de siso, de decisões, para a paz no período do porvir.

Recordai-vos de que o Cristianismo nascente experimentou também inúmeras dificuldades. A palavra revolucionária do apóstolo Paulo, a ruptura com as tradições judaicas ainda vigentes na igreja de Jerusalém geraram a necessidade do grande encontro, que seria o primeiro debate entre os trabalhadores de Jesus que se espalhavam pelo mundo conhecido de então.

No momento grave, quando uma ruptura se desenhava a prejuízo do Bem, a humildade de Simão Pedro, ajoelhando-se diante da voz que clamava em toda parte a Verdade, pacificou os corações e o posteriormente denominado Concílio de Jerusalém se tornou um marco histórico da união dos discípulos do Evangelho.

Neste momento de desafio e de conflitos de todo porte, é natural que surjam divergências, opiniões variadas, procurando a melhor metodologia para o serviço da Luz. O direito de discordar, de discrepar, é inerente a toda consciência livre. Mas, que tenhamos cuidado para não dissentir, para não dividir, para não gerar fossos profundos ou abismos aparentemente intransponíveis.

Que o espírito de união, de fraternidade, leve-nos todos, desencarnados e encarnados, à pacificação, trabalhando essas anfractuosidades para que haja ordem em nome do progresso.

O amor é o instrumento hábil para todas as decisões. Desarmados os corações, formaremos o grupo dos seres amados do ideal da Era Nova.

Nunca olvideis que o mundo espiritual inferior vigia as nascentes do coração dos trabalhadores do Bem e, ante a impossibilidade de os levar a derrocadas morais, porque vigilantes na oração e no trabalho, pode infiltrar-se, gerando desequilíbrio e inarmonias a benefício das suas sutilezas perversas e a prejuízo da implantação da Era Nova sob o comando do Senhor.

Nunca olvidemos, em nossas preocupações, que a Barca terrestre tem um Nauta que a conduz com segurança ao porto da paz.

Prossegui, lidadores do Bem, com o devotamento que se vos exige de fazerdes o melhor que esteja ao vosso alcance, em perfeita identificação com os benfeitores da humanidade, especialmente no Brasil, sob a égide de Ismael, representando o Mestre inolvidável.

Venceremos lutando juntos, esquecendo caprichos pessoais, de imposições egotistas, pensando em todos aqueles que sofrem e que choram, que confiam em nossa fragilidade e aguardam o melhor exemplo da nossa renúncia em favor do Bem, do nosso devotamento em favor da caridade, da nossa entrega em novo holocausto.

Já não existem as fogueiras, nem os empalamentos. Os circos derrubaram as suas muralhas e agora expandem as suas fronteiras por toda a Terra, mas o holocausto ainda se faz necessário.

Sacrificai as próprias imperfeições, particularmente neste sesquicentenário de evocação da chegada do Evangelho à Terra, decodificado pelos Imortais.

Recordai também, almas queridas, que o Espiritismo é, sem qualquer contradita, o Cristianismo que não pôde ser consolidado e que esteve na sua mais bela floração nos trezentos primeiros anos, antes das adulterações nefastas, e que foi Jesus quem o denominou Consolador.

Este Consolador sobreviverá a todas as crises e quando, por alguma circunstância, não formos capazes de dignificá-lo, a irmã morte arrebatará aqueles que não correspondem à expectativa do Senhor da Vinha, substituindo-os por outros melhormente habilitados, mais instrumentalizados para os grandes enfrentamentos que já ocorrem na face do planeta.

Todos sabemos que a transformação moral de cada indivíduo é penosa, de longo curso, por efeito do atavismo ancestral, e que a Lei dispõe do recurso dos exílios coletivos para apressar a chegada da Era Nova.

Abençoados servidores! Abençoadas servidoras da Causa! Amai! Amai com abnegação e espírito de serviço a Doutrina de santificação, para que os vossos nomes sejam escritos no livro do reino dos Céus e possais fruir de alegrias, concluindo a etapa como o apóstolo das gentes, após haverdes lutado no bom combate.

Os mentores da brasilidade, neste momento grave por que também passa o nosso país, assim como o planeta, estão vigilantes.

Permiti-vos ser por eles inspirados e saí entoando o hino do otimismo e da esperança, diluindo a treva, não fixando o medo nem a sombra, que por momento domina muitas consciências. Não divulgando o mal, somente expondo o bem, para que a vitória não seja postergada.

E ide de volta, seareiros da luz! O mundo necessita de Jesus, hoje mais do que ontem, muito mais do que no passado, porque estamos a caminho da intuição, após a conquista da razão, para mantermos sintonia plena com aquele que é o nosso guia de todos os dias e de todas as horas.

Muita paz, filhas e filhos do coração!

São os votos do servidor humílimo e paternal, em nome dos obreiros da seara de todos os tempos, alguns dos quais aqui conosco nesta hora.

Muita paz!…



Bezerra.



Médium – Divaldo Franco - Brasília, DF, 09/11/2014.


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A Maior felicidade




Um dia, perguntei ao Dr. Bezerra de Menezes, qual foi a sua maior felicidade quando chegou ao plano espiritual.
Ele respondeu-me:
 -  A minha maior felicidade, meu filho, foi quando Celina, a mensageira de Maria Santíssima, se aproximou do leito em que eu ainda estava dormindo, e, tocando-me, falou, suavemente: -  Bezerra, acorde, Bezerra!
 Abri os olhos e vi-a, bela e radiosa.
-  Minha filha, é você, Celina?!
-  Sim, sou eu, meu amigo.
A Mãe de Jesus pediu-me que  lhe dissesse que você já se encontra na Vida Maior,
havendo atravessado a porta da imortalidade.
Agora, Bezerra, desperte feliz.
Chegaram os meus familiares, os companheiros queridos das hostes espíritas que me vinham saudar.
Mas, eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora.
Então, Celina, me disse:
-  Venha ver, Bezerra.
 Ajudando-me a erguer-me do leito, amparou-me até uma sacada, e eu vi, meu filho, uma multidão que me acenava, com ternura e lágrimas nos olhos.
- Quem são, Celina?
perguntei-lhe ?
-  não conheço a ninguém.
Quem são?
São aqueles a quem você consolou, sem nunca perguntar-lhes o nome. São aqueles Espíritos atormentados, que chegaram às sessões mediúnicas e a sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa ferida em chaga viva; são os esquecidos da Terra, os destroçados do mundo,
a quem você estimulou e guiou.
São eles, que o vêm saudar no pórtico da eternidade...

E o Dr. Bezerra concluiu:
A felicidade sem lindes existe, meu filho, como decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que enxugamos, das palavras que semeamos no caminho, para atapetar a senda que um dia percorreremos.

 Extraído do Livro “O Semeador de Estrelas" , de Suely Caldas Schubert.


Filhos amados, 2010



Filhos amados, que a paz de Jesus esteja em nossos corações.

Estamos vivendo um período muito inquietante, perturbador, mesmo; parece que, por toda parte, os princípios norteadores da paz, do amor, da harmonia e da ética estão se perdendo, dando a ensancha à violência, o desregramento de todo matiz e, destarte, percebe-se uma inquietude crescente do pessimismo, o esvaziamento das vibrações oriundas da fé em ação ou em oração.

Por todos os lados, o medo grassa, a descrença amedronta, a fé vacila. Mas, eis, filhos amados, que urge ao cristão renovado a decisão em um basta para si. Não nos permitamos a inquietude desses tempos que caminham. Busquemos, em nossos corações, a determinação da fé.

Crede, crede e operai em vossos corações o começo da transformação, dizendo: Sim, Senhor, haverei de ser um bastião aonde quer que eu esteja. A confiança da fé, do amor, da caridade, da harmonia e da ética.

Crede e trabalhai nos pequenos detalhes de vossas manifestações no mundo, acolhendo com sorriso os corações que se encontram amargurados pela dor que açoda e rouba a esperança. Acolhei com fraternidade essas almas.

Precisamos aprender por disciplina, muitas vezes, a desenvolver a compaixão. Se não pudermos perdoar a quem nos fez mal, compadeçamo-nos dessas almas ignorantes e que se encontram no escuro, na falta do autoamor. Mas, se a compaixão for difícil, o perdão inviável, esqueçamos, por fim, em trabalho permanente em não fixação do que machuca, do que dói.

Urgem providências emergenciais para que não percamos a paz. E comecemos, filhos amados, em nossos lares, com aqueles que o Senhor Jesus nos trouxe para os testes, para as provas na conquista de novos parâmetros de relacionamentos com o bem, com o amor.

Parece que está havendo paroxismos com a descrença e o pessimismo, como se efetivamente o mundo estivesse retroagindo. Ledo engano! Continuamos, sim, nessa senda, só não precisamos ser tímidos no Bem. A demanda é de resistência. A força nasce da convicção de que não se pode parar. A perseverança é o motor a impulsionar sempre para adiante.

Precisamos, filhos amados, ir buscar Jesus no nosso dia-a-dia para que Ele habite os nossos pensamentos e aí começar uma corrente, uma energia positiva a contagiar a todos. Jesus em nosso coração é segurança de amor ao próximo, de certeza de que todas as nossas preces e rogativas serão escutadas.

Estamos juntos, nós aqui desse outro lado da vida e vós aí. Estamos juntos e lado-a-lado. Crede, portanto, que fazemos parte dessa tarefa confiada pelo Senhor e não vamos desistir, não podemos desistir, porque Ele, o Senhor Cristo de Deus disse que somos a luz do mundo e o sal da terra.
Precisamos, sim, ainda que uma luz bruxuleie sob o vento forte das divagações e dúvidas de crença, mas sejamos uma luz. Se não conseguirmos ser um farol, sejamos um pirilampo, mas sejamos luz a se manifestar na suavidade dos gestos, nas palavras, no abraço, no olhar que diz confie, estou do seu lado.

Sejamos este sal da terra que não deixa erva daninha prosperar, porque temos a força de salgar este terreno inóspito ou agressivo pela incúria e desfaçatez dos corações desagregados do sentimento de amor ao próximo.
Salguemos, portanto, esta terra.

Filhos amados, centenas de espíritos neste momento de oração se disponibilizam a recolher os nossos anseios, a escutar compassivos as nossas silenciosas súplicas. Fortaleçamo-nos, portanto, neste momento e digamos: Senhor, aqui estamos, o que queres que façamos, que façamos...

Que Jesus nos abençoe.
14/12/10 - Medrado

Mensagem dada por Bezerra, após 24 horas do falecimento.




"Baixai vossos olhos sobre os meus amigos, ó Virgem Gloriosa!
São também vossos filhinhos, como eu, que aflito gemi e padeci na Terra, sempre com os olhos cravados em vós.
Dai que eles possam compreender, ó Virgem Imaculada, esse ensinamento em que se vê vosso amado Filho, o Rei absoluto deste Planeta, curvado aos pés de humildes pecadores, como um servo humilde, lavar de seus pés o pó da estrada de peregrinos que trilhavam!
Que eles possam compreender esse - amai-vos uns aos outros -, certos, convencidos de que o amor que desdobrarem das suas almas, para os seus irmãos, evola-se, libra-se aos páramos onde está o vosso amado Filho, - é o amor elevadíssimo que nos vem com Jesus.
Meus caros companheiros, meus amigos, é demais a recompensa! Saudades! Ouvi, de mais de um, essa palavra, mas saudade por quê?
Vê tu, meu velho amigo (para Sayão), vêem todos vocês como é fraco o espírito humano!
Vocês, espíritas, meus companheiros, que falam a todo o momento comigo, têm saudades e choram! Eu também choro a minha fraqueza. Oh! Deus, oh! Jesus - Cristo! Quando, pelo verdadeiro elo da amizade, pela verdadeira compreensão dos vossos ensinos serão estancadas as nossas lágrimas, e essa palavra não terá nenhum sentido na linguagem das criaturas, vivendo todos nós sempre unidos e ligados pelo coração? Eu estou junto de vocês, meus caros companheiros. Eu lhes peço: não quebrem essa cadeia sagrada.
Como isso é bonito, como isto eleva as nossas almas!

...Obrigado a todos vocês, a todos vocês, obrigado.".



Na noite de 12 de abril de 1900 (após 24 horas de seu falecimento), houve a habitual sessão na Federação Espírita Brasileira. Então todos os que dela participavam ouviram, pela maravilhosa mediunidade sonambúlica de Frederico Pereira da Silva Junior, a palavra querida do espírito do nosso Bezerra de Menezes. Sua mensagem foi longa, e nela mais uma vez, humildemente, agradeceu a Deus, a Jesus e à Virgem Santíssima as bênçãos divinas que misericordiosamente recebia na pátria espiritual, pois se considerava ainda muito pecador e, portanto, indigno desse sagrado amor de Jesus!

http://www.cplec.com.br/bezerra.htm